Estou adorando o México como um todo, culinária, cultura, clima, enfim quase tudo, mas acabo de descobrir que sofro de uma doença grave conhecida como, AESMED, Alergia Extrema a Salsa, Merengue e Derivados. Se há uma coisa que me tira do sério é a porra da salsa. Até gosto de muitos cantores mexicanos e estilos como o Mariachi e MPM, se é que isso existe, mas quando chega latino com aqueles trompetes e aquela dança eu sinto na minha alma um desejo enorme de ter nascido na Austrália, de preferência um aborígine caçando com bumerangues e dormindo com cangurus, para nunca ter que escutar essa merda. Meus pais escutam Beatles, Rolling Stones, Chico Buarque e coisas do gênero, sem querer tomei gosto pela coisa e adotei isso como bandas padrões. Não que eu seja um ornitorrinco quadrado, preso em ritmos e estilos batidos, eu até consigo variar. Colocando Beatles, Rolling Stones e Chico como média, eu consigo variar entre Deep Purple, Cat Stevens, Bob Dylan e Marcelo Nova até Nofx, No Use for a Name e Face to face, mas meu desvio padrão nunca me deixaria chegar em lambada ou na merda da Salsa. Para tentar exemplificar minha aflição deixarei as coisas bem claras por aqui. Um bar ideal para mim seria o Bourbon Street às terças-feiras, escutando um bom jazz ou até mesmo blues, um bom atendimento, destilados de primeira, cadeiras confortáveis, ar condicionado e um local adequado para que eu possa, sem esforço, ver a banda. Estando isso claro, descreverei minha noitada de hoje. Lá pelo final da tarde, descobri que teria que comparecer ao aniversario de um amigo da minha mulher, nada muito grave já que a reunião seria em um restaurante e em minhas expectativas, eu no máximo escutaria uns Mariachis, mas nada que deixaria traumas. Conversa vem, conversa vai, o pessoal começa a ficar agitado e de repente, como se aquilo estivesse presente no âmago de cada um deles, fica decidido que sairemos dali para ir dançar em algum lugar. Quando percebo estou em um bar, apertado para caralho, quente, chapado de nego até o talo e cara a cara com uma puta banda de salsa, direto de Cuba. Como se isso não bastasse, minhas orelhas estão a exatos 30cm da boca do trompete que grita mais que um Marshall valvulado 600 Watts e uma guitarra Ibanez com cara de mau. Para meu desespero, minha mulher está dançando como louca e me puxando para acompanhá-la na dança. Perebas e feridas começam a se formar pela minha pele e eu finalmente consigo convencê-la de que não nasci para isso. Nessa o pessoal já sacou que você é o patinho feio, porque todos demonstram uma satisfação incrível e você tem cara cobrador de lotação às 3:30 da matina. Olham para você com aquela pergunta nos olhos “Você não é latino?”. Que caralho isso tem a ver com a minha origem? Eu já tenho dúvidas se sou brasileiro, porque sou o único que não consigo entender a regra do impedimento e não tenho time, sou torcedor apenas na copa. Com a noite já fodida, me restou tomar água e observar a que ponto pode chegar o ser humano. Quatro horas e trinta e oito minutos depois, com algumas tremedeiras e babando saímos dali. Certamente não conseguirei dormir e meu código genético deve ter sido alterado com aquela latinidade aflorada. Amanhã conversarei seriamente com a minha esposa para estabelecer algumas novas regras, visando à continuidade da nossa relação. Que fique claro que estou aberto a novidades e a conhecer a cultura mexicana, mas Salsa é o caralho.
Oi Murilo. Achei teu site pesquisando brasileiros em Monterrey. Meu nome é Katia e estou chegando em Monterrey dia 03/11 para um evento esportivo no Parque Niños Heroes que começa dia 06/11 até 12/11. Minha empresa esta patrocinando o atleta Sergio Cordeiro e ele é o unico brasileiro participando desta prova de Ultra Triatlhon. Tem muitas chances de sair de lá campeão. Este é o Quintuplo Iron Ultra Triatlon. Estou escrevendo porque seria muito bom que brasileiros como você pudessem estar presentes para torcer pelo Brasil. Estaremos hospedados no Hampton Inn. Se tiver interesse, passe pelo parque e torça conosco. Será muito bem vindo. Se quiser escrever: kfalcao@normativa.com Ah! E se conhecer outros brasileiros, leva a galera pra gente fazer uma bagunça juntos. Kátia
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